A incontinência urinária é um problema que afeta a qualidade de vida de muitas mulheres, causando perda involuntária de urina em situações diversas, como ao tossir, espirrar, rir, fazer exercícios ou sentir uma vontade súbita e forte de urinar.
Existem diferentes tipos e causas de incontinência urinária, que podem estar relacionadas à fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, à hiperatividade da bexiga, à gravidez e ao parto, ao envelhecimento, à obesidade, ao tabagismo, à menopausa, a infecções urinárias ou a doenças neurológicas.
O tratamento da incontinência urinária depende do tipo, da causa, da gravidade e do impacto dos sintomas na vida da mulher. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico.
Saiba mais
- A incontinência urinária pode ser prevenida ou amenizada com o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que podem ser exercitados com técnicas simples como contrair e relaxar a vagina ou interromper o fluxo de urina24.
- A incontinência urinária pode ser causada ou agravada por tumores malignos e benignos, doenças neurológicas, obesidade e tosse crônica dos fumantes.
Tratamento conservador
Tratamento conservadorO tratamento conservador envolve mudanças nos hábitos de vida e técnicas comportamentais que visam melhorar o controle da bexiga e dos músculos do assoalho pélvico. Algumas dessas técnicas são:- Automonitoramento: consiste em registrar os horários das micções voluntárias e involuntárias, a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados e os fatores que desencadeiam ou pioram a incontinência. Esse registro ajuda a identificar os padrões e os problemas da micção e a planejar as intervenções adequadas.
- Treinamento dos músculos do assoalho pélvico: consiste em exercícios que fortalecem os músculos responsáveis pelo suporte dos órgãos pélvicos e pelo fechamento da uretra. Esses exercícios são chamados de exercícios de Kegel e devem ser feitos regularmente e sob orientação profissional.
- Uso ativo dos músculos do assoalho pélvico: consiste em contrair os músculos do assoalho pélvico antes e durante situações que aumentam a pressão abdominal, como tossir, espirrar ou levantar pesos. Essa contração ajuda a evitar a perda de urina por esforço.
- Técnicas de prevenção e supressão da urgência: consistem em estratégias para reduzir a sensação de urgência miccional e adiar a ida ao banheiro. Algumas dessas estratégias são: respirar fundo, relaxar os músculos pélvicos, distrair-se com outra atividade mental ou física, repetir afirmações positivas (como “eu posso controlar minha bexiga”) ou fazer pequenas contrações dos músculos do assoalho pélvico.
- Treinamento da bexiga: consiste em estabelecer um horário fixo ou gradual para ir ao banheiro, independentemente da vontade de urinar. O objetivo é aumentar o intervalo entre as micções e a capacidade da bexiga, reduzindo a frequência e a urgência urinárias.
- Biofeedback: consiste no uso de aparelhos que fornecem informações visuais ou auditivas sobre a atividade dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo é facilitar o aprendizado e o controle dos exercícios de Kegel.
- Estimulação elétrica: consiste na aplicação de correntes elétricas nos músculos do assoalho pélvico ou nos nervos que controlam a bexiga. O objetivo é estimular a contração muscular e inibir a atividade da bexiga.
- Controle dos fluidos: consiste em ajustar a quantidade e o tipo de líquidos ingeridos ao longo do dia. O objetivo é evitar a desidratação e o excesso de ingestão de líquidos que podem irritar a bexiga ou aumentar sua atividade, como café, chá, refrigerantes, álcool e bebidas cítricas.
- Mudanças na dieta: consistem em evitar ou reduzir o consumo de alimentos que podem irritar a bexiga ou aumentar sua atividade, como alimentos picantes, condimentados, ácidos ou açucarados.
- Perda de peso: consiste em adotar uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas moderadas para reduzir o excesso de peso que pode aumentar a pressão sobre a bexiga e os músculos do assoalho pélvico.
Tratamento cirúrgico
O tratamento cirúrgico é indicado para casos de incontinência urinária por esforço que não respondem ao tratamento conservador ou que causam grande impacto na qualidade de vida da mulher. O objetivo da cirurgia é restaurar o suporte anatômico da uretra e da bexiga, corrigindo sua posição e impedindo sua descida durante os esforços.
Existem diferentes tipos de cirurgias para tratar a incontinência urinária por esforço. A escolha depende das características individuais da paciente, da experiência do cirurgião e da disponibilidade dos recursos. As cirurgias mais comuns são:
- Sling suburetral: consiste na colocação de uma faixa sintética ou autóloga (retirada do próprio corpo) sob a uretra para sustentá-la e comprimi-la. Essa faixa pode ser fixada aos ossos púbicos (sling pubovaginal) ou aos tecidos adjacentes (sling transobturatório ou retropúbico).
- Suspensão uretral: consiste na elevação da uretra através de pontos fixados aos ligamentos pubouretrais ou aos ossos púbicos. Essa técnica pode ser feita por via abdominal (Burch) ou por via vaginal (Marshall-Marchetti-Krantz).
- Injeção periuretral: consiste na aplicação de substâncias (como colágeno ou ácido hialurônico) ao redor da uretra para aumentar seu volume e resistência. Essa técnica pode ser feita por via endoscópica (cistoscopia) ou por via transuretral.
Saiba mais
- A incontinência urinária pode acontecer na juventude, mas é mais frequente após os 50 anos.
- A incontinência urinária pode ser tratada com exercícios físicos, medicamentos ou cirurgia, dependendo do tipo e da gravidade do problema.
- A incontinência urinária pode afetar a prática de atividades físicas e esportes, pois muitas mulheres perdem urina ao fazer esforços ou movimentos intensos.
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