O câncer de bexiga é uma doença global, com 540.000 casos incidentes e 188.000 mortes em 2015 em todo o mundo. O câncer de bexiga geralmente surge de insultos crônicos e constantes ao trato urinário ao longo do tempo.
O câncer urotelial é uma doença decorrente do envelhecimento e da exposição ambiental. Como tal, a incidência e a prevalência aumentam com a idade. A idade média de diagnóstico é de 73 anos . Quase três quartos dos casos de câncer de bexiga ocorrem em homens, que têm uma taxa de incidência maior (9,0 por 100.000) em comparação com mulheres (2,2)
Câncer de bexiga: danos ao DNA
Assim como a pele e os pulmões, a bexiga é um órgão que está em contato constante com o meio ambiente e, portanto, é sensível a agentes cancerígenos e inflamações ambientais. Acredita-se que as aminas aromáticas (2-naftilamina, 4-aminobifenil e benzidina) sejam o agente causador central na carcinogênese da bexiga mediada por carcinógenos. O tabagismo e a ocupação ocupacional representam as duas vias mais frequentes de exposição ambiental. A fumaça do tabaco está cheia de aminas aromáticas, assim como outros carcinógenos ambientais implicados no câncer de bexiga. Essas aminas, quando hidroxiladas, levam à adução e danos ao DNA.
Fatores de risco
Hereditário: Embora os parentes de primeiro grau de pacientes com câncer de bexiga tenham um risco duas vezes maior de desenvolver câncer de bexiga urotelial, as famílias de câncer de bexiga de alto risco são extremamente raras.- Tabagismo: o tabaco é a principal causa conhecida de câncer de bexiga e é responsável por 30% a 40% de todos os carcinomas uroteliais. Em todo o mundo, existem mais de 1 bilhão de fumantes atuais, e os fumantes têm um risco 2 a 3 vezes maior de câncer de bexiga
- Índice de massa corporal: O aumento do (IMC) tem se mostrado um fator de risco para vários tipos de câncer. O aumento do IMC tem sido demonstrado em várias meta-análises como um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de bexiga.
- Risco Ocupacional: exposições ocupacionais representam entre 5% e 10% de todos os cânceres de bexiga.Ocupações que trabalham diretamente com o tabaco, tintura , borracha, cabeleireiros, pintores e trabalhadores do couro, possuem um risco maior de desenvolver neoplasia de bexiga urinária.
- Mais de 90% dos tumores malignos da bexiga se originam no urotélio, sendo que a maior parte deles fica confinado à mucosa e submucosa (tumores superficiais), não havendo o comprometimento da musculatura (tumores infiltrativos).
Sintomas
- O sintoma mais frequente é a presença de sangramento visível na urina (hematúria), habitualmente vermelho vivo e acompanhado de sangue coagulado. Mais raramente, este sangramento só poderá ser observado através de um exame de urina.
Diagnóstico
Através da história clínica e do exame físico o médico poderá fazer a suspeita desta doença. Como a presença de sangramento na urina pode decorrer de outras doenças nos rins, nos sistemas coletores (cálices e pelves renal), nas vias excretoras (ureteres) e na bexiga, o médico poderá solicitar alguns exames de imagem (tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética, urografia excretora) ,citologia urinária,para avaliar estas estruturas.
O exame diagnóstico mais importante para os tumores vesicais é a endoscopia (cistoscopia), que permite ao médico visualizar o interior da bexiga.
Tratamento
Remoção dos tumores estádio Ta e T1 (tumores superficiais)– Realizada através de raspagem (ressecção) endoscópica por via transuretral (RTU), o que permite que se obtenha material para estudo anatomopatológico.
Quimioterapia e imunoterapia intravesical – Após a remoção do tumor por via endoscópica, dependendo do caso, e particularmente no Carcinoma in situ, o médico poderá optar pela instilação intravesical de imuno ou quimioterápicos com a finalidade de diminuir a incidência de recorrências.
Cistectomia – A remoção parcial ou completa da bexiga poderá ser necessária em pacientes com CIS ou estádio T1 de alto grau, que não respondem à quimioterapia e imunoterapia intravesical. Nestas situações o risco de desenvolvimento de doença infiltrativa é maior, o que exige tratamentos mais agressivos de modo a diminuir a possibilidade de ocorrência de metástases.A cistectomia também é a forma mais adequada para o tratamento dos tumores infiltrativos (que acometem a musculatura vesical).Com a retirada completa da bexiga, torna-se necessário que se crie uma alternativa para a eliminação da urina produzida pelos rins (derivação urinária).
A forma preferencial, sempre que for possível utilizá-la, é a confecção de uma "nova" bexiga com um segmento do intestino. Esta cirurgia permite que a urina produzida fique armazenada neste reservatório intestinal (neo-bexiga ileal) para ser eliminada pela uretra, permitindo ao paciente viver com muito boa qualidade de vida. Contudo, alguns tumores podem impossibilitar esta forma de derivação urinária, exigindo a utilização de bolsas coletoras urinárias fixadas à pele, ou que se crie uma drenagem da urina para o intestino.
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