Esterilização Voluntária: Mudanças Legais e Cuidados
18 de June de 2023A incontinência urinária é um problema que afeta milhões de mulheres em todo o mundo e pode comprometer a qualidade de vida, a autoestima e a saúde física e mental. Neste artigo, vamos explicar o que é a incontinência urinária, quais são os seus tipos, as suas causas e os seus tratamentos. Acompanhe!
O que é incontinência urinária?
A incontinência urinária (IU) é a queixa de qualquer perda involuntária de urina. Isso significa que a mulher não consegue controlar a saída da urina pela uretra, o canal que liga a bexiga ao meio externo.
A incontinência urinária pode ocorrer em diferentes situações, como ao tossir, espirrar, rir, fazer exercícios físicos ou sentir uma vontade súbita e forte de urinar. A intensidade da perda de urina também pode variar, desde algumas gotas até um jato contínuo.
A incontinência urinária não é uma doença em si, mas um sintoma de algum problema no sistema urinário ou no assoalho pélvico, que é o conjunto de músculos e ligamentos que sustentam os órgãos pélvicos (bexiga, útero, vagina e reto).
A incontinência urinária é um problema comum e muitas vezes angustiante que pode ter um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres. Ela pode causar constrangimento, isolamento social, limitação das atividades diárias e sexuais, infecções urinárias recorrentes e problemas de pele.
Quais são os tipos de incontinência urinária?
Existem diferentes tipos de incontinência urinária, de acordo com os sintomas e as causas da perda de urina. Os tipos mais comuns são:
- Incontinência urinária de esforço: é a perda de urina ao fazer algum esforço físico ou aumentar a pressão abdominal, como ao tossir, espirrar, rir ou levantar algo pesado. Esse tipo de incontinência está relacionado à fraqueza dos músculos do assoalho pélvico ou à lesão dos nervos que controlam a uretra.
- Incontinência urinária de urgência: é a perda de urina associada à vontade súbita e forte de urinar, que muitas vezes não dá tempo de chegar ao banheiro. Esse tipo de incontinência está relacionado à hiperatividade da bexiga ou à irritação do revestimento da bexiga ou da uretra.
- Incontinência urinária mista: é a combinação dos dois tipos anteriores, ou seja, a perda de urina tanto por esforço quanto por urgência.
- Incontinência urinária funcional: é a perda de urina causada por fatores externos ao sistema urinário, como dificuldade de locomoção, demência ou uso de medicamentos que afetam a cognição ou a mobilidade.
- Incontinência urinária por transbordamento: é a perda de urina causada pelo excesso de volume da bexiga, que não consegue se esvaziar completamente. Esse tipo de incontinência está relacionado à obstrução da saída da bexiga (por exemplo, por um tumor ou um cálculo) ou à diminuição da contração da bexiga (por exemplo, por uma lesão neurológica ou uma infecção).
Quais são as causas da incontinência urinária?
A incontinência urinária pode ter diversas causas, que podem ser temporárias ou permanentes. Algumas das causas mais comuns são:
- Gravidez e parto: durante a gestação, o aumento do peso do útero sobre a bexiga e os hormônios podem enfraquecer os músculos do assoalho pélvico e causar incontinência por esforço. Durante o parto vaginal, o trauma sobre os músculos e os nervos do assoalho pélvico pode causar lesões que levam à incontinência por esforço ou por urgência.
- Menopausa: após a menopausa, a queda dos níveis de estrogênio pode provocar alterações na mucosa da uretra e da bexiga, tornando-as mais sensíveis e propensas à irritação. Isso pode causar incontinência por urgência ou por transbordamento.
- Envelhecimento: com o passar dos anos, os músculos do assoalho pélvico tendem a perder força e elasticidade. Além disso, outras condições associadas ao envelhecimento podem afetar o funcionamento da bexiga e da uretra, como diabetes mellitus, doença arterial coronariana, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença de Parkinson e acidente vascular cerebral (AVC).
- Obesidade: o excesso de peso pode aumentar a pressão sobre a bexiga e os músculos do assoalho pélvico, favorecendo a incontinência por esforço.
- Tabagismo: o hábito de fumar pode provocar tosse crônica e irritação das vias respiratórias e do trato urinário. Isso pode aumentar a pressão sobre a bexiga e causar incontinência por esforço ou por urgência.
- Infecções do trato urinário: as infecções bacterianas na bexiga ou na uretra podem inflamar e irritar esses órgãos, provocando vontade frequente e urgente de urinar. Isso pode causar incontinência por urgência ou por transbordamento.
- Doenças neurológicas: algumas doenças que afetam o sistema nervoso central ou periférico podem alterar o controle da bexiga e da uretra. Entre elas estão: esclerose múltipla (EM), espinha bífida (EB), mielomeningocele (MMC), lesão medular (LM), neuropatia diabética (ND) e demências.
Como é feito o diagnóstico da incontinência urinária?
O diagnóstico da incontinência urinária é feito principalmente pela história clínica da paciente, na qual ela relata os sintomas, as situações em que ocorre a perda de urina, os fatores desencadeantes ou agravantes e o impacto na sua qualidade de vida.
Também é importante realizar um exame físico completo para avaliar as condições gerais da paciente e examinar o abdome, a genitália externa e interna (com espéculo) e o ânus. Durante o exame físico também pode ser feito um teste simples para verificar se há perda de urina ao tossir ou fazer força (teste do absorvente).
Além disso, alguns exames complementares podem ser solicitados para confirmar o tipo e a causa da incontinência urinária. Entre eles estão:
- Exame de urina: para detectar possíveis infecções ou outras alterações na composição da urina.
- Ultrassonografia: para avaliar o tamanho e a forma da bexiga e dos rins.
- Urofluxometria: para medir o fluxo e o volume da micção.
- Urodinâmica: para avaliar a pressão e a capacidade da bexiga durante o enchimento e o esvaziamento.
- Cistoscopia: para visualizar diretamente o interior da bexiga e da uretra com uma câmera acoplada a um tubo flexível.